quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Parábola do mau rico

5. Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. – Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras – que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ninguém lhas dava e os cães lhe vinham lamber as chagas. – Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. – Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e viu de longe Abraão e Lázaro em seu seio – e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.

Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora está na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai – onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. – Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. – Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. – Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. (S. LUCAS, 16:19 a 31.)


Extraído do Capítulo XVI - Não se pode servir a Deus e a Mamon - de "O Evangelho segundo o Espiritismo" - Allan Kardec.

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