quinta-feira, 25 de julho de 2013

SALÁRIOS

“E contentai-vos com o vosso soldo.” – João Batista (Lucas, 3:14) 
A resposta de João Batista aos soldados, que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão e de bom senso. 

Muita gente se perde através de inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas de remuneração na vida comum. 

Operários existem que reclamam salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves responsabilidades que, não raro, convertem os administradores do mundo em vítimas da inquietação e da insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes. 

Há homens cultos que vendem a paz do lar em troca da dilatação de vencimentos. 

Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho humano lhes assinalam, dentro dos imperscrutáveis Desígnios. 

Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros divinos. 

Se um homem permanece consciente quanto aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais intranqüilo. 

Desde muito, esclarece a filosofia popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta. 

Contentar-se cada servidor com o próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo-Poderoso. 

Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua-te a valorizar as concessões do Céu.


Extraído do Capítulo 5 de "Pão Nosso" - Chico Xavier (pelo Espírito Emmanuel)

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